Hoje, sem motivo aparente, decidi tirar alguns minutos para pensar. Mas não apenas pensar levianamente... Decidi refletir. E a primeira pergunta que me veio à cabeça foi a clássica “Qual o meu objetivo na vida?”.
Não que eu não tenha um... Parando para pensar, tenho vários objetivos pequenos, sonhos isolados, planos por fazer... Quero amor, carreira, família, felicidade, dinheiro suficiente para viver com algum conforto... Quero, basicamente, o que todo o ser humano deseja. Mas estava me perguntando qual o meu maior objetivo.
Dentre todos os meus planos e sonhos, o que eu quero mais que tudo? Se eu existo para algo, o que é esse algo? Qual o meu maior desejo? Aquele pelo qual o meu coração grita desesperadamente todos os dias?
E encontrei, em algum lugar dentro de mim, que a resposta é simples e única: Viver.
Pode parecer estranho – talvez até estúpido – mas é uma verdade absoluta e incontestável. Eu quero viver e quero viver intensamente. Eu não quero sobreviver ou existir... Eu quero viver! Quero sentir, amar, chorar, sorrir, correr riscos, tentar, errar, cair, levantar, buscar – mesmo sem a esperança de encontrar algum dia...
Eu gosto da emoção dos amores impossíveis, gosto do gosto amargo da solidão, da sensação de lágrimas escorrendo pela minha face e ferindo a minha pele. São essas sensações que tornam a felicidade – mesmo que momentânea – tão prazerosa.
Gosto de sorrir, rir e gargalhar, mesmo que eu seja a única a ver graça na piada. E não há nada melhor, na minha concepção, do que plantar um sorriso no rosto de alguém amado. Adoro dizer palavras doces que façam alguém sentir-se bem, que sequem as lágrimas de alguém, que provoquem um brilho diferente no olhar.
Gosto de dedilhar as cordas do meu violão até que as pontas dos meus dedos ardam, gosto de afundar na água até que os meus pulmões pareçam prestes a explodir, gosto de pensar até que as idéias me machuquem. Gosto de correr na chuva sem pensar no resfriado, gosto de sentir o vento mesmo que bagunce os meus cabelos, gosto de cantar mesmo que não queiram ouvir a minha voz.
Gosto de amar mesmo que não seja correspondida, gosto de sorrir mesmo que não sorriam de volta, gosto de perdoar nas situações em que parece ser a coisa mais difícil a ser feita. Gosto de cair apenas pelo prazer de levantar depois. Gosto de dar carinho às pessoas especiais e pouco importa se meu afeto é correspondido.
A dor, de vez em quando, é boa. Ensina o que a felicidade não consegue, mostra o que a alegria camufla. Faz crescer. As lágrimas, mesmo que não resolvam os problemas, aliviam o peso da alma. Os sonhos, mesmo que não valham muito para os outros caso não sejam realizados, curam temporariamente as feridas do coração.
Quando for mais velha, sei que provavelmente não serei aquela avó que conta aos seus netos histórias bonitinhas sobre a sua vida, sempre terminadas em finais felizes. Mas serei, indubitavelmente, a que conta as histórias mais reais – e a que tem mais prazer em contá-las.
Aquela que olhará os rostos sorridentes das crianças e dirá:
“Sabe, eu tentei... Nem sempre fui bem sucedida. Nem sempre meus planos funcionaram. Nem sempre meus sonhos se realizaram. E, obviamente, muitas vezes eu caí e chorei. Mas cada segundo valeu a pena. Cada risco que corri foi válido. E, se pudesse voltar, não mudaria uma vírgula na minha história. Porque o mais importante é que eu escapei da palavra que a maioria das pessoas insiste em usar: O ‘se’. E me orgulho muito de mim por ter arriscado em vez de apenas imaginar qual teria sido o resultado se...”
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Grande? Talvez. Mas totalmente verdadeiro. Um texto não-depressivo, pra variar. :O' Menin@, obrigada pela contribuição no post anterior. iohaio' ;)' E, novamente, obrigada. :D' Rafa, amovocê. *-*' Awnt... Minha passarinha. (L)' É tão difícil, né? :/' O amor é uma droga. Espero que a gente descubra o que fazer. Beijos, amores, e até a próxima! ;*