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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Minha rosa.




Era apenas uma rosa. Uma rosa qualquer - uma rosa em meio a um jardim composto apenas por rosas. Eram rosas até onde a minha vista podia alcançar. Rosas vermelhas, rosas cor-de-rosa, rosas amarelas, rosas laranjas, rosas brancas, rosas azuis... Eram rosas de todas as cores, rosas para todos os gostos.

Uma coisa era inegável: Todas elas eram lindas. Lindas como apenas as rosas sabem ser. Todas elas exalavam os mais deliciosos perfumes, todas elas atraíam os olhares de qualquer um que por ali passasse. Menos o meu. Sim, elas eram belas... Sim, eram absolutamente encantadoras.

Mas eram rosas.

Todas elas eram iguais. Para cada rosa avistada, era possível encontrar mais algumas centenas com a mesma cor, a mesma fragrância apenas olhando ao redor. Por mais belas que fossem, aquelas rosas não me atraíam - eu queria uma rosa diferente.

Por dias e noites infindáveis, perambulei incansavelmente por aquele jardim, buscando aquela rosa. Mas por mais que buscasse, não a encontrava. Tudo parecia sempre igual - sempre a mesma perfeição pálida. Os espinhos arranhavam o meu corpo, os meus olhos ameaçavam se render ao cansaço, minha mente beirava a desistência.

Foi então que eu a avistei: Suas pétalas eram negras como a noite e macias como veludo. Seu cheiro era intenso, lento, forte, contagiante - diferente das fragrâncias suaves de todas as outras rosas. E pela sua superfície suave de revolta, uma única gota escorria: Uma gota vermelha. Uma gota de sangue. Era como se ela estivesse sempre chorando, eternamente ferida.

Exatamente como eu.

E foi então que eu entendi que aquela era a minha rosa. A rosa ideal para mim. A única capaz de despertar em meu peito algo mais que um leve aquecer. A única capaz de me enlouquecer, de me encantar, de me conquistar. E percebi que eu só não a tinha encontrado antes para aprender a dar-lhe o devido valor - aquele valor que não está na recompensa, mas na busca.

Aquele valor comumente chamado de amor.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Não minta...



Não me diga "eu te amo" se não forem essas as palavras que melhor traduzam os seus sentimentos porque eu vou acreditar. Eu vou acreditar e vai doer descobrir que tudo não passou de uma grande mentira. E vai doer ainda mais quando o telefone tocar, eu atender esperando ouvir a sua voz dizendo que sentiu saudades e ouvi-la perguntar por outro alguém. E vai doer ainda mais saber que eu vou continuar esperando você dizer que se arrepende e quer voltar, mesmo sabendo que não vai acontecer.

Não me diga que sou a única se essa não for a verdade porque eu vou me sentir especial. Eu vou me sentir especial e vai doer encarar que eu fui apenas mais uma.  E vai doer ainda mais lembrar que você é a única. E vai doer ainda mais pensar que você está dizendo a mesma mentira - a minha mentira - pra outro alguém.

Não me diga que vai estar ao meu lado para sempre se a sua intenção for partir porque eu vou esperar que você esteja. Eu vou esperar que você esteja e vai doer acordar em uma manhã qualquer e não sentir você ao meu lado para me aquecer. E vai doer ainda mais encarar o fato de que essa partida não tem um retorno previsto. E vai doer ainda mais perceber que eu fui tão importante que você sequer me disse "adeus".

Prefiro que me diga as mais duras verdades que me faça crer nas mais belas mentiras... O meu coração é frágil e está em suas mãos. Será que agora você consegue ver que suas mentiras o partiram?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cotidiano.


Acordo. Acordo . Inspiro o máximo de ar que meus pulmões me permitem. Sinto o tecido fino sobre meu corpo e as gotas de suor que se acumulam em minha testa e em minha nuca. Passo as pontas dos dedos pelos olhos ainda fechados, tentando obrigar meus sentidos a despertarem. Abro os olhos. O teto do meu quarto é branco, as prateleiras são marrons, alguns finos raios de sol penetramo ambiente pelas cortinas entreabertas.

Ergo os braços, buscando tocar o infinito azul que sei que se esconde por trás daquela prisão branca - o meu lar. Meus dedos movem-se debilmente no ar, fechando-se sobre o nada e puxando-o para mais perto de mim. Desisto. Faço algum esforço para sentar sobre o colchão macio, abandonando definitivamente o mundo dos sonhos. Paro. Sinto falta de algo.

Sinto dor. Meu peito sofre, grita, se angustia. Meu coração é tomado por uma tristeza tão grande que sinto que não posso respirar - mesmo assim, continuo respirando. Lágrimas se acumulam nos cantos dos meus olhos e escorrem pela minha face - por que lágrimas? Busco. Perco. Suspiro.

Percebo que sinto falta de você.

Levanto da cama e caminho lentamente até a janela, as beiradas da ferida em meu peito ardendo. Sinto o vento matinal em meu rosto. Tento sorrir, mas outra lágrima escorre - uma lágrima de sangue, bem no fundo do meu peito. Sussurro um perdão ao vento e peço a ele que leve essa simples palavra até você.

Percebo que gosto mesmo de você...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ela cresceu...



Ela chorou e sorriu, gritou e suspirou, quis estar só e quis seus amigos, abraçou seu bichinho de pelúcia e deitou no colo da sua mãe, perdeu e pensou ter ganhado, mentiu para os outros e mentiu para si, tentou e errou, fingiu desistir e voltou, correu na chuva e esperou no sol, abraçou e desejou ser abraçada, quis segurar uma mão e não teve coragem, sentiu e desejou esquecer, leu e escreveu, escondeu e confessou, esperou e cansou, enlouqueceu de amor.

Ela esqueceu que havia vida além daquele sorriso, esqueceu que havia estrelas que brilhavam mais que aquele olhar, esqueceu que diversas mãos estavam estendidas em sua direção, esqueceu que o tempo passa, esqueceu que as feridas cicatrizam, esqueceu que as portas se abrem, esqueceu que o mundo não precisa de amores perdidos para girar.

Ela pensou que fosse morrer de dor, mas não morreu.
Ela pensou que jamais fosse esquecer, mas abriu os olhos.
Ela pensou que jamais fosse se apaixonar, mas percebeu que estava deixando de lado alguém muito melhor.

Talvez ela ainda chore de vez em quando. Talvez seu coração ainda doa um pouco. Talvez ela ainda tenha muito para crescer e amadurecer antes de poder dizer com todas as letras que esqueceu aquela paixão que só lhe causou sofrimento e só lhe deu ilusões. Talvez ela ainda ame, mas ela não quer mais.

Ela aprendeu o que é bom pra ela – e aquela paixão não era.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Um pouco de revolta!



Sabe, hoje eu cansei. Cansei de ouvir calada, cansei de engolir as respostas, cansei de esconder as lágrimas. Porque o engraçado é que magoa. Mesmo sabendo que não é direcionado a mim, é como se fosse. E dói ouvir isso tudo e ter que manter as palavras trancadas na boca. Então eu vou falar. Eu vou falar e não ligo pra quem não quiser ouvir, pra as respostas que vão me dar. Hoje eu quero simplesmente falar.

Afinal, qual o grande problema das pessoas? Se tem uma coisa que eu ainda não fui capaz de entender é a reação das pessoas à homossexualidade. Não importa quantas horas do meu dia eu gaste pensando a respeito, nunca chego a uma conclusão satisfatória. Afinal, qual é o grande problema em gostar de pessoas do mesmo sexo?

Eu não entendo. Algumas pessoas gostam de brócolis, outras gostam de pizza e eu nunca vi um grupo agredindo o outro por isso. Algumas pessoas gostam de Globo, outras de Record e eu nunca vi um grupo agredindo o outro por isso. Algumas pessoas gostam de pessoas do sexo oposto, outras gostam do mesmo sexo e é comum você ver demonstrações de preconceito por algo tão simples. Desde piadas ridículas até agressões físicas.

Em que ofende uma pessoa o fato de eu gostar de garotas em vez de garotos? Por que eu tenho que ser tratada como uma doente pelo simples fato de que é uma garota que faz meu coração bater mais forte? Por que todos tem que receitar "explicações" e "curas", como se eu estivesse morrendo e não apenas amando? O que alguém tem a ver com isso?

É ridículo alguém pensar que os homossexuais não possuem a mesma capacidade que os heterossexuais. É ridículo alguém pensar que os homossexuais são inferiores. Opção sexual não muda caráter. Não é quem você ama que define quem você é, são suas atitudes. Respeito é bom e todo mundo gosta. Respeito é bom e todo mundo merece. Não estou pedindo que ninguém concorde com a homossexualidade, estou pedindo apenas que as pessoas aceitem e respeitem. Não é doença, não muda caráter, não torna ninguém melhor ou pior e não serão palavras preconceituosas que farão alguém mudar sua opção.

"Se essas paredes falassem
Se contassem cada vez
Que sonhei viver em outro lugar
Onde Marte ama Marte
E Vênus pode passear
De mãos dadas com Vênus sem se preocupar
Com o vento covarde
Que me deixa até tarde
Com medo e sem saber se você vai voltar
Será que sou errado
Por querer estar ao seu lado
Em jardins onde as flores não envenenam o ar?"
[Se Essas Parede Falassem - Dance Of Days]

-x-

Perdoem o desabafo... Nada como botar pra fora o que está nos sufocando. ^^
Espero que gostem do novo layout do blog! Créditos à Dessa e ao João, meus anjos. <3'

sábado, 28 de novembro de 2009

Recuperando do atraso!

ATENÇÃO, pessoas do meu coração que lêem este blog: Essa postagem vai ser dedicada apenas à postagem de todos os selinhos que eu recebi e não postei. Só uns nove. :D' E, além disso, vou postar o Selinho do Blue Hair, Blue Skin... Blue World! Espero que gostem. ^^ Então vai ficar enorme e entediar a maioria das pessoas, portanto, recomendo que pulem para o final do post, onde a historinha indica todos os blogs para quem mandei os selinhos acima. ^^ Obrigada pela colaboração! \õ/

Então... As imagens estão exibidas ali ao lado, junto com os outros selinhos recebidos porque se eu colocar todas aqui, o post vai ficar maior ainda! E todos os indicados estarão no final do post. Okay?

Selinho "A dona desse blog é show":

As regras são:

* Publicar o selinho e indicar quem o repassou!
*Perguntas e Respostas:
1. Você é casada? Não e nem tenho pressa. '-'
2. Tem quantos filhos? Nenhum... E espero continuar assim por algum tempo. rs
3. Fuma? Não!
4. Bebe? Não!
5. Tem compulsão por algum tipo de comida? Não que eu saiba. ._.'
6. Prefere frio ou calor? Frio.
7. Prefere doce ou salgado? Depende. oihaohaio'
8. Qual sua profissão? Estudante e desocupada de carteirinha! :D'
9. Último filme que você viu? Heróis - e recomendo.
10. Qual foi o dia mais feliz da sua vida? Já tive muitos... Acho que ainda não posso dizer um só. rs
- Indicar 05 blogueiras para receber o selo e avisá-las: Fim do post.

Selinho "Master Blog":

Regrinhas:
- Uma música: Olhando Pra Você - Drive
- Um filme: Para Sempre Cinderela
- Um acessório: Anel
- Um livro: O Caçador de Pipas
- Os dez indicados para o selinho: Fim do post.

Selinho "Seu blog só me faz bem":

Regrinhas:
- Citar sete coisas que me fazem bem em um blog
* Romantismo
* Posts divertidos
* Contos
* Cores-não-berrantes :P'
* Autoras simpáticas <3'
* Originalidade
* Boa escrita

Selinho "Esse blog é um amor":

Regrinhas:
- Indicar 5 blogs e avisá-los;
- Responder as seguintes questões:
Um amor: Minha menina;
Uma dor: Saudade;
Uma cor: Roxo;
Um sonho: Estar com ela;
Um desejo: Felicidade;
Uma música: Olhando Pra Você - Drive
Um amigo: Grazi <3'
Uma frase: "Algumas pessoas são como molas: Não servem pra muita coisa, mas trazem um sorriso à nossa face quando empurradas escada abaixo" desculpa, não resisti. oihaoiha


Selinho "Esse blog é um sonho":


Regrinhas:
- Exibir a imagem e publicar as regras.
- Postar o link de quem te indicou.
Lu
- Responder se usa produtos Natura e os preferidos
Hm... Acho que não uso produtos Natura, foi mal. '-'


Selinho "Você faz parte do meu mundo de morango":

Regrinhas:
1. Exibir o selinho no seu blog:
2. Dizer quem te indicou e citar o blog da pessoa:
Lu
3. Responder as seguintes perguntas:
♥ Qual seu doce preferido de morango?
Qualquer coisa de morango é boa! *-*'
♥ O que você prefere no morango, as cores, o cheiro ou sabor?
Posso dizer "Os três"? =X'
♥ Como seria seu mundo de morango perfeito?
Um mundo com a cor predominante sendo o vermelho (cor de morango), o odor predominante sendo o de morango e todas as sobremesas envolvendo morango. *-*'
4. Indicar para os 5 blogs preferidos:
FINAL DO POST :D'
5. Avisar os indicados

 Selinho "Seu blog me faz Sentir&Pensar":


Regrinhas:

1. Exibir a imagem do selinho
2. Publicar as regras
3. Dizer o link de quem te indicou
Rafa e Lu
4. Responder o meme abaixo:
♥ 6 características suas:
Romântica, sonhadora, pessimista, carinhosa, desastrada e sensível.
♥ 6 vícios:
Ler, escrever, tocar violão, computador, sair na chuva e abraçar.
♥ 6 coisas que te fazem sorrir:
Estar perto da minha menina, ficar com meus amigos, o barulho da chuva na janela, o vento, um "eu te amo" sincero e um abraço apertado.
5. Repassar para 12 blogs que te fazem Sentir&Pensar: Final do post.

Selinho "Eu já fui criança um dia":

Regrinhas:
Responder o meme sobre coisas de que gostávamos quando éramos crianças:
*Um brinquedo: Minha boneca da Hermione *-*
*Um desenho animado: Bananas de pijamas.
*Um programa ou novela: Bom Dia & Cia.
*Um cantor: Xuxa
*Um doce: Chocolate
Indicar 5 blogs

Selinho do Blue Hair, Blue Skin... Blue World:




- Regrinhas:
1 - Exibir a imagem do selinho;
2 - Citar:
  ♪ Três gestos que te façam sorrir;
Andar de mãos dadas, abraçar, um "eu te amo" sincero.
  ♪ Três músicas preferidas;
Don't Jump - Tokio Hotel, Olhando Pra Você - Drive, Playing God - Paramore
  ♪ Três blogs que deixem seu dia mais azul
Ali embaixo. ;)'


Selinho "Vampirella":

A regra é:
-Contar uma história de um vampiro... E indicar os blogs através desta história.

Bom, vou aproveitar essa história e indicar todos os selinhos acima nessa história. Vocês, indicados, pegam os que não tiverem ainda, tudo bem?

Então...

Era mais uma noite qualquer de verão. Meu corpo repousava tranquilamente na cama macia, mas os meus Sentimentos&Pensamentos não. Eles estavam Sonhando&Viajando pelos mais distantes universos, pelas mais estranhas situações. A ideia de adormecer parecia uma impossibilidade. Fechei meus olhos durante alguns instantes, desejando pegar no sono... O dia fora cansativo. Não queria mais pensar.

Abri novamente os olhos e soltei um suspiro frustrado, erguendo meu corpo de modo que este ficasse sentado na cama. Deixei que meu olhar cansado corresse pelas paredes e pelo teto brancos do quarto. Sem graça. O silêncio era perturbador. Empurrei o cobertor para longe de mim e deixei que minhas pernas escorregassem para fora da cama. Pus-me de pé e caminhei até uma prateleira próxima, em busca de algo que me distraísse.

Quando retirei a mão dali, vi entre meus dedos um volume antigo do meu livro preferido: As Insanas Melodias da Lina. Dando um sorriso Bem Caprichado, voltei para a cama, sentando em posição de índio e repousando o livro em meu colo enquanto folheava rapidamente aquelas páginas amareladas e gastas pelo tempo.

Sem aviso prévio, a porta do meu quarto abriu-se com violência. Corri o olhar até lá, sobressaltada, e senti um arrepio de medo percorrer o meu corpo quando vislumbrei uma figura alta e magra, encoberta pelas sombras. A única coisa que podia distinguir além da sua silhueta eram os seus dentes exibidos em um sorriso sarcástico: Longos e afiados, brilhando intensamente à luz do luar.

Ele deu um passo à frente. Eu me arrastei para trás sobre o colchão. Ele deu mais um passo e foi totalmente iluminado pela luz do luar: Sua pele era clara como uma folha de papel, seus cabelos eram curtos, pretos e arrepiados e seus olhos era de um tom intenso de... Vermelho? Engoli em seco.


"O que você quer?", murmurei, aterrorizada demais para que minha voz saísse com mais força.


Ele apena deu mais um passo em minha direção, murmurando seguidamente palavras que eu não conseguia entender. Quando ele estava a dois passos da cama, compreendi o que ele dizia: "Your blood will make me feel alive.".

Encolhi-me contra a cabeceira da cama, não compreendendo o que aquelas palavras queriam dizer. Vampiros eram lendas, correto? Aquilo não podia ser real! Mas sua voz era real. Sua voz era grave, profunda e me provocava estremecimentos. Fechei os olhos com força e implorei, minha voz trêmula:

"Por favor, deixe-me viver. Por favor, por favor, é tudo que lhe peço!"

"Chega!", sua voz gritou, imperativa. "Não quero mais ouvir Palavras&Inutilidades! Morra com dignidade!"

Endireitei-me na cama, tentando impedir que as lágrimas escorressem pelos meus olhos. Observei enquanto ele se aproximava devagar, cada passo seu parecendo uma tortura para mim. Olhei ao redor e vislumbrei o meu caderno de capa vermelha com as palavras "Memories Of Nobody" impressas em sua capa. Ri baixo, sem humor. Gostaria de ter escrito mais nele. 

Ele inclinou-se sobre mim, aproximando seu sorriso dos meus lábios ofegantes até que nossas bocas estivessem coladas em um beijo final. Seus lábios tinham gosto de Limão com couve. Não tive tempo para pensar... Logo senti seus lábios gélidos encostando-se suavemente em meu pescoço, a maciez de seus cabelos sob meus dedos. Fecheis os olhos. "Pense em Dreamgirl e sua micolândia... Pense no Canto da Lua M.... Distraia-se e isso logo acabará".

Uma picada e então... Pluf! A escuridão.

É isso, pessoas! Espero que não tenha ficado muito tosco, que gostem do selinho e que continuem sempre aparecendo por aqui! Obrigada pelos selinhos, vocês são lindas! <3' Beijinhos. ;**'

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O que mais me tortura...



É saber que outro vai roubar os seus beijos meus. É saber que outro vai te ter entre os braços como eu tanto desejei ter. É saber que outro vai ver o sorriso que eu quis que você desse para mim. É saber que o seu coração vai pertencer a outro mesmo que eu tenha perdido dias e noites pensando em como roubá-lo para mim. É saber que você vai dar a outro o amor que era pra ter sido meu. É saber que o abraço de outro vai te causar o arrepio que o meu poderia ter causado. É saber que outro vai ouvir o meu "eu te amo".

É saber que mesmo assim o meu coração continuará sendo inteiramente seu.

É saber que mesmo assim eu estarei rezando todos os dias para que isso aconteça por saber que esse outro, esse outro qualquer, representará a sua felicidade.

É saber que mesmo que isso me destrua, a sua felicidade sempre será a minha felicidade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Agradecimentos.



 Muito, muito obrigada. Não importa o quanto eu agradeça, acho que nunca será suficiente. Mesmo assim, acho que devo alguns agradecimentos. Agora que as aulas acabaram e o ano está caminhando para o seu final, percebo como algumas pessoas me foram importantes nessa caminhada. E como eu definitivamente não sei mais viver sem algumas delas.

Queria agradecer a essa garota pequena e altamente irritante, compreensiva, determinada, talentosa, doce... Queria agradecer a essa garota que me emprestou o ombro tantas vezes. Que cedeu os ouvidos aos meus desabafos e perdeu seu tempo e sua paciência me aconselhando. Que me abraçou com força quando eu precisei de um abraço... E quando eu não precisei também. Que me deu confiança e em quem confiei cegamente. Que fez o papel de cupido tantas vezes. Obrigada, Rafa... Eu amo você.

Queria agradecer a essa garota que apareceu na minha vida há quatro anos... Essa garota que riu comigo e chorou comigo. Que passou por momentos bons e não tão bons ao meu lado. Que ouviu e guardou todos os meus segredos como se fossem dela. Que me deu apoio mesmo quando meus objetivos eram impossíveis. Essa garota pra quem sei que sempre posso voltar... Porque o tempo tenta, mas não consegue apagar a nossa amizade. Obrigada, Jade... Eu amo você.

Queria agradecer a essa garota tão doce, infantil e madura, divertida e confiável, inteligente e boba... Essa garota que me abraçou em silêncio e entendeu a minha dor. Que me estendeu a mão e me deu um sorriso. Que não precisou falar para me fazer compreender que ela estaria sempre por perto. Que me deu tanta preocupação. Que me fez rir tanto. Que me provou que as pessoas mudam, mas nem todas as mudanças são negativas - a sua não foi. Obrigada, Lu... Eu amo você.

Queria agradecer a essa garota criativa, histérica, idiota, companheira, dramática... Essa garota que esteve ao meu lado mesmo quando eu pensei que ela fosse partir. Que me ajudou nos maiores planos. Que teve as piores ideias - e, consequentemente, as que obtiveram mais sucesso. Que me tornou uma pessoa menos séria. Que me ouviu gritar, me viu chorar, mas não me deixou desistir. Que falou o que não devia, que ouviu o que não merecia. Que me perdoou mesmo após as piores brigas. Obrigada, Luh... Eu amo você.

Queria agradecer a essa garota quieta, tímida, mas tão boa ouvinte. Queria agradecer a ela porque, mesmo que tenha aparecido em minha vida há tão pouco tempo, já faz tanta diferença todos os dias. Essa garota que estava lá quando eu chorei e me fez rir com os comentários mais bobos. Que apareceu quando eu estava só e me deu companhia, palavras e sorrisos. Que mesmo com tão pouca convivência já me fez tanto bem. Obrigada, Lori... Eu amo você.

Queria agradecer a esse garoto pateta, desequilibrado, divertido, persistente, carinhoso... Esse único garoto do grupo. Esse garoto que me fez rir até as lágrimas escorrerem. Que aguentou meus gritos, meus tapas, minha TPM, minhas confusões. Que ouviu meus problemas e, mesmo que não soubesse o que fazer, ajudou tanto. Com quem briguei tantas e tantas vezes, mas com quem não consigo ficar brava. Esse garoto cuja amizade pensei que houvesse perdido, mas de quem percebi que não consigo manter distância. Obrigada, Igor... Eu amo você.

Queria agradecer a essa garota que apareceu do nada em minha vida e que em tão pouco tempo provou-se tão necessária para minha sobrevivência. Essa garota que ouviu meus maiores problemas e minhas maiores alegrias. Que esteve presente em cada momento que vivi. Que chorou comigo e por mim, que brigou comigo e por mim, que gritou comigo e por mim. Que fez o melhor para mim mesmo quando eu não pensava ser esse o melhor. Que me cativou mesmo com tanta distância. Que me conhece muito melhor do que qualquer outra pessoa. Que sumiu tantas vezes e me deu tanta preocupação, mas por quem tenho um carinho tão sincero e imortal. Obrigada, Grazi... Eu amo você.

Queria agradecer a essa garota tão problemática quanto eu, que surgiu do nada no meu mundo e me cativou com tanta facilidade. Que me fez rir. Que me aceitou. Que me ouviu. Que confiou em mim. Que me mostrou que a distância não interfere na amizade. Que me entende muito mais que algumas pessoas que vivem ao meu lado. Obrigada, Desi... Eu amo você.

E queria agradecer a essa garota... Essa criança brincando de ser gente grande... Essa garota dona do sorriso mais lindo, do olhar mais sincero, do abraço mais reconfortante. Essa garota que me ajudou a segurar o mundo quando ele estava pesado demais para meus ombros suportarem. Essa garota que coloriu meus dias mais cinzentos. Essa garota que secou as minhas lágrimas apenas com a sua presença. Essa garota que me fez rir, chorar, falar, calar, mentir, confessar. Essa garota que me aceitou como sou, sem pedir mais do que posso dar. Essa garota que me deu a sua amizade e o seu carinho. Essa garota que fez tanto por mim, mesmo sem perceber o quanto. Essa garota que me fez voltar a acreditar em anjos. Obrigada, Mari... Eu amo você.

Se pudesse, agradeceria a todas as pessoas que me foram importantes nesses últimos tempos e lamentaria a partida de algumas outras... Não posso. Então, quero que saibam, todos, que os amo demais. Muito mais do que sou capaz de expressar. E que não sei o que seria de mim sem cada um de vocês. E espero não perder nunca nenhum de vocês... Contem comigo para tudo. Contem comigo para sempre.

"Desejo que você tenha a quem amar. E quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar."

sábado, 21 de novembro de 2009

Confissão.



Hey, sua idiota... Por que você não percebe o quanto importa para mim? Por que não é capaz de ver o quanto penso em você todos os dias? Por que não enxerga que sonho com você todas as noites? O que te impede de ver que você é única, é insubstituível, é essencial?

Por que você some desse jeito durante tanto tempo? Não percebe que eu não sei viver sem você? Não vê que a sua presença torna os meus dias mais coloridos, a minha vida mais alegre, dá um pouco de paz ao meu coração? Não enxerga que eu sinto a sua falta a cada dia que passa e conto os segundos para te encontrar?

Hey, sua idiota... Não percebe que eu te amo? Não enxerga que esse amor só cresce mais a cada dia que passa? Não vê que nada do que você faça ou fale pode mudar esse sentimento? Não nota que você é aquela que me mantém respirando, que me mantém feliz, a razão por trás de cada batida do meu coração?

Quando eu disse que nasci para você não era brincadeira. Distância não importa, não separa, não muda. Brigas são comuns, podem até ser ditas necessárias. O que importa de verdade é que eu te amo e sei que você também me ama.

Por favor, volta... Volta porque eu preciso de você e eu sei que você precisa de mim também. Eu prometo que vai dar tudo certo... Eu sei que vai dar tudo certo. Só preciso de você aqui.

-x-

Caso alguém tenha notado, de repente a Becca virou Anny. Explicando: Meu nome de verdade não é Rebecca e sim Taiane, normalmente chamada de Anny, Tai e derivados. Usava um pseudônimo porque tinha vergonha e medo de que descobrissem meu modo de pensar, de sentir. Não sei de onde veio a coragem, mas veio, e agora digo com orgulho que meu nome é Taiane, a Anny da Grazi, a Stevie Rae da Desi, a Annyzinha da Rafa, a Lígal de Aninha, a Tai da Mari, a flor roxa e emo da Lua e por aí vai. E tenho orgulho de pensar e sentir desse modo. ^^

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Eu amo...


Eu amo o vento. Amo o modo como ele sopra, beija a minha pele, afaga meus cabelos e sussurra palavras doces em meus ouvidos. Amo o modo como bagunça as copas das árvores, como leva consigo folhas e cheiros, palavras e lembranças, dores e sentimentos.

Eu amo a chuva. Amo o modo como as gota caem das nuvens escuras e encharcam a cidade, as pessoas, os animais. Amo o modo como lava as mágoas, transforma os problemas em meras lembranças e acentua o sabor amargo da solidão.

Eu amo o pôr-do-sol. Amo o modo como os raios alaranjados cruzam o céu e escorrem pelas ruas, modificando todas as paisagens e colorindo todas as sensações.

Eu amo a noite. Amo o modo como o silêncio grita em meus ouvidos, como o céu parece veludo escuro, como as estrelas lembram lágrimas, como a luz do luar torna tudo mais romântico.

Eu amo você. Eu amo o modo como sua voz soa como música em meus ouvidos. Amo o modo como seus olhos brilham quando você está alegre. Amo o modo como sua risada parece ficar grudada em mim durante horas, provocando em mim a estranha vontade de rir também. Amo o modo como seu sorriso sapeca parece iluminar tudo ao seu redor. Amo o modo como seu cheiro me faz esquecer de respirar, como seu abraço me aquece, como suas palavras podem me construir ou destruir por inteiro.

Amo o modo como você me completa perfeitamente... Como o vento ameiza o calor, a chuva cai no verão, o sol dá lugar à noite, um sorriso enterra os fantasmas, o arco-íris alegra os dias cinzentos.

Amo você simplesmente porque amo - pelo prazer ou pelo sofrer do simples ato de amar.

-x-

Obrigada, pessoinhas. <3' Muito, muito obrigada.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Par perfeito,


Uma vez alguém me disse que todos nós nascemos predestinados a alguém - fizeram-me acreditar que existia alguém perfeito para mim, que me completaria em todos os detalhes, em cada qualidade ou defeito, em cada opção. Disseram que essa pessoa estaria me esperando e que nós, de qualquer maneira, terminaríamos juntas.

Como em um conto de fadas.

Cresci. Talvez não muito, mas o suficiente para que minhas ideias tomassem rumo próprio... Um rumo diferente do que os outros queriam que eu tomasse. Junto com as minhas ideias, mudou também o meu coração. E, obviamente, o meu modo de encarar o mundo e o amor.

Nem por um momento deixei de acreditar na chamada "alma gêmea" - ou "par perfeito", "cara-metade"... Várias nomenclaturas, um mesmo significado. Como a boa romântica que sou, continuo a acreditar que existe alguém no mundo com quem serei "feliz para sempre". Que existe alguém no mundo que combina perfeitamente comigo, que me fará feliz, que cuidará de mim, que irá me amar e a quem amarei de volta com todo o meu coração.

Eu só não acredito que essa pessoa está simplesmente parada aí fora, esperando por mim. Tenho a convicção, na realidade, de que não está. Sei que ela, seja quem for, provavelmente está na mesma busca que eu... Procura por mim sem saber quem sou.

Ou talvez sequer acredite em almas gêmeas... Quem sabe? Eu não.

Também não acredito que o final será feliz de qualquer maneira... Na realidade, creio que a possibilidade de um final "feliz-porém-incompleto" é muito maior. O que quero dizer? Que a possibilidade de as "almas gêmeas" não se encontrarem é muito grande - o mundo é enorme. Existem bilhões de pessoas. Convivemos diariamente com centenas. Qual a probabilidade de eu nunca chegar a conhecer o meu "par perfeito" em meio a tanta gente?

Também acredito que podemos, sim, deixar essa pessoa passar. Não existe uma espécie de radar que apita na cabeça de cada um quando a pessoa perfeita surge em sua vida. Quem pode me garantir que a pessoa perfeita para mim não é aquela garota com quem esbarrei na rua ontem pela manhã e que me ofereceu um sorriso puro e radiante?

Quem pode me dar a certeza de que ela não é a minha melhor amiga, a garota a quem admiro em silêncio, aquela a quem nunca dei atenção, a menina que me abraça todos os dias ou apenas mais uma desconhecida que encontrei no consultório do dentista ou na banca de jornais?

Quem pode me dizer que ela, a dona do meu afeto, dos meus pensamentos e do meu coração, não é, afinal, o meu par perfeito?

Ninguém.

Então, sim, eu tenho plena confiança nas almas gêmeas... Sei que existe alguém aí fora procurando por mim - ou não. Uma pessoa comum, com qualidades e defeitos, erros e acertos, opiniões e estilo próprios, ideias com as quais posso não concordar. Um ser humano qualquer que me cativará com a simplicidade de seus gestos, a sinceridade de seu olhar, a infantilidade do seu sorriso - ou com o oposto de tudo isso.

Alguém que terá um brilho único apenas para mim - que me conquistará à primeira vista... Ou talvez pouco a pouco. Alguém que só terá um diferencial quanto às outras pessoas no mundo: Ela tomará o meu coração para si sem pedir permissão e preencherá o vazio me entregando o seu. E tornará o nosso tempo juntas - seja ele curto ou longo - digno de ser eternamente lembrado... Tão feliz quanto qualquer final de conto de fadas.

Alguém a quem espero encontrar.

-x-

Texto para o blogueando. :)'
Obrigada, meninas... Vocês me fazem seguir em frente quando tudo está errado. <3'

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Encare.


Mesmo que não seja fácil, encare.
Mesmo que seja em vão, confesse.
Mesmo que não mude nada, fale.
Mesmo que não funcione, tente.
Mesmo que caia de novo, levante.
Mesmo que tenha medo, enfrente.
Mesmo que não tenha retorno, ame.

Ame mesmo que sofra, que chore, que doa. Ame mesmo que não seja recíproco. Ame mesmo que o coração implore pelo fim do tormento. Ame mesmo que tudo pareça perdido. Ame e tenha a certeza de que este amor vai mudar a vida de alguém - mesmo que não muito, mesmo que não perceptivelmente, mesmo que não apareça, a mudança é real.

É tão real que pode ser notada em um sorriso, em um olhar, em uma palavra, em um abraço... Talvez em uma lágrima. Talvez no silêncio, na solidão, na expressão abatida. Talvez na vã tentativa de esconder essa mudança. Em todos os detalhes.

Acima de tudo, ame - ame e mude, mude a mente passo a passo, mude o mundo pouco a pouco. Ame e sorria.

Se não for possível, ame e chore.

Mas ame.

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Nossa... Rafa nem exagera na empolgação. oahoa' Obrigada, amor. <3' Você é fofa demais. ^^ Obrigada, Desi. oahoaho' ^^ Se joga mesmo! :O' E me conta o resultado depois que se der certo, eu imito. ;)' Awnt, brigada, Milla. :3' Jenny, muuuuito obrigada! :D' E... Wow! :O' Obrigada pelo selinho. :D' Que honra. :O' Então, pessoinhas... Muuito obrigada e até a próxima. ;**'

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Uma presença...

Seus corpos colados rodopiavam graciosamente pelo amplo salão, desviando por poucos centímetros das mesas cinzentas de mármore e não demorando-se muito tempo sob os fracos raios do luar que adentravam as grandes janelas. As mãos unidas, os braços mantendo os corpos próximos, os corações batendo no mesmo ritmo acelerado.

Cada giro pelo salão ampliava os sorrisos em seus rostos, os olhares sempre fixos um no outro - era quase uma necessidade. A brisa que adentrava o ambiente era branda, mas, mesmo assim, foi suficiente para a menor estremecer levemente, ainda sem parar a dança lenta.

A canção, cuidadosamente cantarolada pela maior em um tom baixo, cessou de súbito. O sorriso em seu rosto alargou-se, tornando-se doce. Puxou a menor pelas pontas dos dedos e observou-a rodopiar, mesmo sem melodia, em sua direção. Mordeu o lábio inferior, sentindo as maçãs do seu rosto queimarem - como era possível que um ser tão encantador houvesse sequer notado a sua humilde existência?

Colou o seu corpo ao dela, abraçando-a ternamente por trás e passando as mãos pela sua cintura, buscando um maior contato. Sentiu a mão - pequena, quente e macia - da menor unir-se à sua, seus dedos entrelaçando-se de maneira possessiva. Deitou a cabeça em seu ombro, cerrando brevemente os olhos e ouvindo a respiração ligeiramente ofegante da garota.

"Com frio, senhorita?", perguntou, um tom divertido tingindo a sua voz. O sorriso no rosto da menor ampliou-se consideravelmente.

"Um pouco", concordou, voltando-se para a maior sem desfazer o abraço e passando os braços pelo seu pescoço, afundando os dedos entre seus fios de cabelo.

Os olhares se encontraram novamente e o ambiente pareceu imediatamente mais quente - um calor confortável, acolhedor como um abraço materno, bem-vindo como um beijo roubado. Aproximaram os rostos, as respirações colidindo com as suas faces, os narizes tocando-se em uma carícia meiga.

"Daria-me permissão para te aquecer?", os lábios roçaram-se suavemente, a luminosidade parecendo diminuir.

"Seria um prazer", as vozes falhavam no silêncio do salão, a proximidade surtindo efeito sobre ambas.

Os lábios tocaram-se, um gosto doce e conhecido espalhando-se por suas bocas: O gosto do amor. As estrelas apagaram-se, o vento silenciou-se, as nuvens dispersaram-se, mesmo o silêncio pareceu esquecer o seu peso, a sua função. Todos observavam a cena, embasbacados, talvez até perturbados pela mais bela presença:

A presença do amor.

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Bia, seus comentários me surpreendem. oO' Eles crescem a cada dia! oihaioahio' Concordo... Nada como viver. :)' Também te amo, anjinhoamericano. <3' Obrigada Milla. :D' Rafa... Nem vem. ohaia' Não sou tão mais corajosa que você... Só parece. ;)' No fundo, sou tão covarde que dá dó. ohaioa' Jamylle, muito obrigada. *-*' Minha passarinha... Também não tem mais espaço para o "se" na minha. Chega de incerteza! Vamos viver pra valer agora, hm? E apareça logo... Quero saber de tudo! ;)' Também te adoro, meu bem. <3' bgos, amores, e até a próxima. ;*'

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Viver...


Hoje, sem motivo aparente, decidi tirar alguns minutos para pensar. Mas não apenas pensar levianamente... Decidi refletir. E a primeira pergunta que me veio à cabeça foi a clássica “Qual o meu objetivo na vida?”.

Não que eu não tenha um... Parando para pensar, tenho vários objetivos pequenos, sonhos isolados, planos por fazer... Quero amor, carreira, família, felicidade, dinheiro suficiente para viver com algum conforto... Quero, basicamente, o que todo o ser humano deseja. Mas estava me perguntando qual o meu maior objetivo.

Dentre todos os meus planos e sonhos, o que eu quero mais que tudo? Se eu existo para algo, o que é esse algo? Qual o meu maior desejo? Aquele pelo qual o meu coração grita desesperadamente todos os dias?

E encontrei, em algum lugar dentro de mim, que a resposta é simples e única: Viver.

Pode parecer estranho – talvez até estúpido – mas é uma verdade absoluta e incontestável. Eu quero viver e quero viver intensamente. Eu não quero sobreviver ou existir... Eu quero viver! Quero sentir, amar, chorar, sorrir, correr riscos, tentar, errar, cair, levantar, buscar – mesmo sem a esperança de encontrar algum dia...

Eu gosto da emoção dos amores impossíveis, gosto do gosto amargo da solidão, da sensação de lágrimas escorrendo pela minha face e ferindo a minha pele. São essas sensações que tornam a felicidade – mesmo que momentânea – tão prazerosa.

Gosto de sorrir, rir e gargalhar, mesmo que eu seja a única a ver graça na piada. E não há nada melhor, na minha concepção, do que plantar um sorriso no rosto de alguém amado. Adoro dizer palavras doces que façam alguém sentir-se bem, que sequem as lágrimas de alguém, que provoquem um brilho diferente no olhar.

Gosto de dedilhar as cordas do meu violão até que as pontas dos meus dedos ardam, gosto de afundar na água até que os meus pulmões pareçam prestes a explodir, gosto de pensar até que as idéias me machuquem. Gosto de correr na chuva sem pensar no resfriado, gosto de sentir o vento mesmo que bagunce os meus cabelos, gosto de cantar mesmo que não queiram ouvir a minha voz.

Gosto de amar mesmo que não seja correspondida, gosto de sorrir mesmo que não sorriam de volta, gosto de perdoar nas situações em que parece ser a coisa mais difícil a ser feita. Gosto de cair apenas pelo prazer de levantar depois. Gosto de dar carinho às pessoas especiais e pouco importa se meu afeto é correspondido.

A dor, de vez em quando, é boa. Ensina o que a felicidade não consegue, mostra o que a alegria camufla. Faz crescer. As lágrimas, mesmo que não resolvam os problemas, aliviam o peso da alma. Os sonhos, mesmo que não valham muito para os outros caso não sejam realizados, curam temporariamente as feridas do coração.

Quando for mais velha, sei que provavelmente não serei aquela avó que conta aos seus netos histórias bonitinhas sobre a sua vida, sempre terminadas em finais felizes. Mas serei, indubitavelmente, a que conta as histórias mais reais – e a que tem mais prazer em contá-las.

Aquela que olhará os rostos sorridentes das crianças e dirá:

“Sabe, eu tentei... Nem sempre fui bem sucedida. Nem sempre meus planos funcionaram. Nem sempre meus sonhos se realizaram. E, obviamente, muitas vezes eu caí e chorei. Mas cada segundo valeu a pena. Cada risco que corri foi válido. E, se pudesse voltar, não mudaria uma vírgula na minha história. Porque o mais importante é que eu escapei da palavra que a maioria das pessoas insiste em usar: O ‘se’. E me orgulho muito de mim por ter arriscado em vez de apenas imaginar qual teria sido o resultado se...”


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Grande? Talvez. Mas totalmente verdadeiro. Um texto não-depressivo, pra variar. :O' Menin@, obrigada pela contribuição no post anterior. iohaio' ;)' E, novamente, obrigada. :D' Rafa, amovocê. *-*' Awnt... Minha passarinha. (L)' É tão difícil, né? :/' O amor é uma droga. Espero que a gente descubra o que fazer. Beijos, amores, e até a próxima! ;*

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Só mais uma lágrima...


Uma única lágrima deslizou pela face da garota, alcançando rapidamente os seus lábios. Percebendo o que estava fazendo, ela levou a mão até sua boca, tocando-a suavemente com as pontas dos dedos. Ergueu-a até a altura dos seus olhos e fixou o seu olhar na pequena e cristalina gota que se pendurava na ponta do seu indicador.

Aquela única lágrima revelava um mundo inteiro de dor, sofrimento, angústia, solidão, esperanças destruídas e corações despedaçados. Apertou os lábios, contendo com esforço mais uma lágrima. Olhos castanhos e expressivos encontraram os seus e ali se fixaram, encarando-a com intensidade indefinível.

Seu coração contorceu-se, derramando todas as lágrimas que ela não ousava deixar seus olhos libertarem. Seus lábios formaram um sorriso fraco e entristecido, fingido, magoado. Aquele olhar não consertaria tudo - não daquela vez.

"Adeus", pensou, não conseguindo proferir as tão desejadas palavras. "Eu, de fato, não sou suficientemente madura. Preciso cuidar do meu coração".

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Gente, eu juro que não sou tão depressiva quanto deve parecer aqui. É que é meu cantinho de desabafo, então... '-' Obrigada, meninas, vocês são lindas. <3'>

PS.: Blog novo, meu e da tia Rafa (é, aquela do Sentimentos&Pensamentos). Se tiverem um tempo, visitem lá o Só Acontece Comigo! e riam um pouco das situações constrangedoras que só acontecem com a gente. ^^'

sábado, 24 de outubro de 2009

Por quê?


Por quê?

Porque nenhuma mão faz arrepios percorrerem todo o meu corpo com um único toque - só a sua. Porque nenhuma voz faz a minha respiração falhar e tudo ao meu redor perder o sentido - só a sua. Porque nenhum sorriso faz o meu coração derreter completamente - só o seu. Porque nenhum perfume consegue me deixar tonta - só o seu. Porque ninguém me faz esquecer o que ia falar apenas me olhando - só você. Porque ninguém faz o meu coração disparar de maneira inimaginável apenas por se aproximar - só você.

Porque ninguém sabe como ser tão doce quanto você. Porque eu não amo ninguém como eu amo você. Porque você é o meu mundo, o meu ar, o meu chão.

por isso.

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Eu sei que minha paixão por azul é discreta, tá? :D' Sou a pessoa mais discreta do mundo. [/cof cof] Becca, eu sei disso tudo. Pode apostar que eu costumo [tentar, pelo menos] encarar as coisas com otimismo. Afinal, mesmo o sofrimento é aprendizado. ;)' Amovocê, criança (L)' Obrigada por tudo. Awnt... Obrigada, Passarinha. Você é a coisa mais fofa do mundo. *-*' Lua, a Grazi que é f***, estou só aprendendo. oihaoia' bgos e até a próxima ;*'

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Você...


Algumas coisas que o tempo muda e o vento leva embora não podem ser revertidas por palavras ou mesmo por gestos... Algumas coisas deveriam ser simplesmente esquecidas. Deixadas para trás como um capítulo de um livro... Um capítulo bom - o melhor - mas apenas mais um capítulo.

Mas aquele abraço...
Aquele abraço era meu.

Aquelas palavras...
Era eu quem deveria ouvi-las.

Aquele sorriso...
Mas que droga, aquele era meu sorriso.

Mas o relógio bateu a meia-noite e o meu conto de fadas chegou ao fim.

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Considerem isso um desabafo. Obrigada pela força, pessoinhas. Rafa, foi bom ouvir isso... Obrigada. Luh e Desi: Meu, vocês viajam muito! kkk' Desi, minha Passarinha (L). ohaohia' Joyce, obrigada. :)' Vou dar uma passada no seu blog assim que voltar com mais calma, prometo. Menin@... Awnt, nossa, obrigada. Muito mesmo, de verdade. *-*' Juro que o seu comentário alegrou meu dia frustrante e fez meu coração dar um sorriso. :)' Também adoro azul. [acho que deu pra notar]^^ Beijos, amores, e até a próxima.

sábado, 17 de outubro de 2009

"Alguma vez...

... voce já pediu pra não mais acordar? Alguma vez você já pensou em fugir pro mar pra não mais voltar? Eu já"



O silêncio que reinara naquele ambiente pelas últimas horas foi subitamente rompido por um riff de guitarra partindo do aparelho de som preto que repousava em uma das prateleiras, ao lado de ursinhos de pelúcia e bonecas antigas. Os olhos castanhos e marejados da garota pousaram nas bonecas e ela cravou as unhas nas palmas das mãos para evitar chorar.

Em pensar que um dia ela já fora desse jeito...

Sempre com um sorriso pregado em seu rosto, como se fosse obrigação sua ser feliz para os outros. Observou a semelhança existente entre todas as bonecas - todas com rostos e corpos perfeitos - e xingou-se por já ter desejado ser assim algum dia: Perfeita.

"Perfeita" no conceito que as pessoas ao seu redor pareciam possuir... "Perfeita" como eram aquelas bonecas que lhe encaravam sem emoção no olhar ou alteração na face: Lindas por fora, todas iguais umas as outras - com seus cabelos loiros e suas saias curtas e seus corpos doentiamente magros - e completamente ocas por dentro.

Não apenas na cabeça - nas ideias, nos gostos, na personalidade... Sempre seguindo cegamente as modas, sempre buscando um corpo bonito para exibir como um troféu para as suas supostas amigas -, mas também no coração. Porque não, aquelas que tinham prazer em humilhar e odiar as pessoas não podiam possuir um.

Desviou o olhar para a imagem refletida no espelho à sua frente e encarou a garota que lhe olhava de volta.

Encarou a garota de cabelos castanhos comuns com a franja colorida de maneira chamativa, olhos castanhos e comuns - agora vermelhos, inchados e marejados - cobertos por um óculos de grau e pele razoavelmente morena.

Analisou seu rosto, sem nenhum traço especialmente bonito ou que chamasse a atenção para si... Analisou seu corpo comum, sem nenhuma curva especialmente chamativa ou desejável, sem magreza excessiva, sem palidez doentia... Analisou suas roupas e unhas pretas, seus dentes cerrados, seu olhar frustrado.

Subitamente, compreendeu. Percebeu cada mudança que ocorrera nela - não só em seu corpo, mas em seu modo de ver o mundo, pensar e sentir - nos últimos meses. Sofrer faz crescer. Percebeu cada falha que as pessoas tinham a lhe indicar e a mágoa que se depositava no fundo de seus olhos quando ela pensava nisso - quando pensava que ser o melhor que ela podia ser não era o suficiente.

E percebeu que ela não precisava ser nada para ninguém - apenas para ela mesma. E percebeu que gostava do que via. Gostava da atitude, do pensamento, da personalidade. Gostava da coragem, da teimosia, da timidez. Gostava de ser. E não precisava que ninguém lhe aprovasse.

Ergueu o punho fechado e, sem hesitar nem mesmo por um instante, deixou que os nós de seus dedos encontrassem a superfície lisa do espelho - que imediatamente partiu-se em milhares de pedacinhos que rolaram pelo chão do quarto e cortaram a sua pele.

O rubro de seu sangue escorreu pelo seu pulso e pelo seu braço, pingando no chão branco sob seus pés. Ela sorriu.

Liberdade, enfim.

"Eu caí e foi difícil me levantar"

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Carta pra você...



Dentre todas as incertezas da minha vida - e pode acreditar em mim quando digo que não são poucas -, a certeza de meus sentimentos brilha como uma luz na escuridão. Não posso esconder por mais nem um momento este fato - mesmo que você já tenha conhecimento dele: Eu estou completamente apaixonada por você.

Mas dizer isso ainda é muito pouco... Porque, sim, eu te quero junto a mim o tempo inteiro, mas é mais que isso... Eu não quero apenas que esteja junto a mim... Eu quero que esteja segura. Sim, segura. Segura e feliz. Quero ter você em meus braços para impedir que qualquer um te machuque. Quero te fazer feliz.

Isso ultrapassa todos os limites da paixão, todos os limites da razão e mesmo da loucura... Só posso acreditar que isso que bate em meu peito é o que chamam de amor.

E nem todas as rosas do mundo poderiam igualar a beleza do que eu sinto por você. Nem todas as palavras existentes poderiam expressar o que eu sinto por você.

Talvez seja bobagem minha pensar que algum dia possamos ficar juntas... Que eu posso te fazer feliz... Mas dizem que devemos lutar pelo que queremos, pelo que amamos, pelo que é importante e indispensável. E você... Por você vale a pena lutar.

E pode acreditar que eu conseguiria a lua, o sol, engarrafaria o brilho das estrelas... Só para te ver sorrir. Porque nada, absolutamente nada, importa mais do que você no meu mundo.

E eu juro que essa é a última carta que lhe escrevo... A última vez que prometo te esquecer. Não vou voltar atrás dessa vez.

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Pois é, eu sou a cabeça-dura que ainda tenta mandar no próprio coração... Mesmo sabendo que não vai dar em absolutamente nada. ¬¬' A esperança é a última que morre, hm? E a primeira que mata. -.-" Obrigada pelos comentários! :D' Desi, estou lendo The House Of Night agora. ;)' Adoro a Stevie Rae! *--*' bgos, amores ;**'

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A pessoa errada.


Sinceramente? Estou cansada. Cansada, não... Exausta! Não aguento mais as mesmas frases, os mesmos conceitos, os mesmos contos de fadas, os mesmos finais... Não aguento mais as mesmas dúvidas, frustrações... Os mesmos consolos, as mesmas frases feitas que ninguém quer ouvir.

Sim, estou revoltada. Estou revoltada porque estou realmente cansada de ouvir o clássico "Você vai achar a pessoa certa!".

Mas e se eu não quiser a pessoa certa?

Eu, particularmente, não quero. Eu não quero uma pessoa que saiba exatamente quando chegar e quando sair, que saiba exatamente o que falar, que saiba exatamente como agir, que saiba exatamente tudo que me agrada e evite tudo que me irrite, que me beije com cuidado, que me abrace com carinho, que nunca me decepcione.

Eu quero a pessoa errada.

Eu quero aquela pessoa que vai me fazer passar a noite chorando, mas que vai plantar um sorriso em meu rosto no dia seguinte com um mero "Bom dia".

Eu quero aquela pessoa que não vai me procurar durante um dia inteiro para que eu possa sentir saudades, sentir dor, perceber o quanto ela me é necessária... Apenas para que eu dê o devido valor no dia seguinte.

Eu quero aquela pessoa que vai me ligar no pior dia da minha vida, no momento em que eu não quero falar com ninguém, e me amaciar apenas com o som da sua voz.

Eu quero aquela pessoa que vai me fazer rir até a minha barriga doer com a piada mais idiota do mundo e me cativar com o sorriso sapeca, o brilho maroto no fundo dos olhos.

Eu quero aquela pessoa que vai errar, vai me machucar, vai ter medo de pedir perdão... Mas que vai terminar pedindo. E que vai me perdoar quando eu errar.

Eu quero aquela pessoa que não vai me perguntar o que eu tenho quando estou chorando, vai me deixar pensar que ela não se importa... Mas que vai me mostrar, apenas com um olhar, o quanto se preocupa. O quanto sou importante.

Eu quero aquela pessoa que vai me mostrar todos os dias o quanto sou especial sem precisar dizer "eu te amo"... Que vai me abraçar com força, me beijar com desejo e amor, que vai me fazer esquecer as decepções passadas.

Também estou cansada de ouvir a velha frase "Você vai arrumar alguém que te mereça porque você merece alguém tão incrível quanto você".

Alguém já parou para pensar que ninguém quer alguém que o mereça?

Alguém já parou para pensar que ninguém quer merecer alguém incrível?

Alguém já parou pra pensar que todos nós só queremos merecer a pessoa que nós amamos?

Sinceramente? Estou exausta. Quem criou essas frases, nunca amou.

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Perdoem o tamanho... Esse texto foi definitivamente um desabafo - tanto que dei um jeito de vir aqui numa quinta-feira. ¬¬' Estou de saco cheio, oi. Obrigada pelos comentários e até a próxima. ;*'

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Apelo.


Nem sempre a vida é justa... Isso é incontestável. Vivemos em um mundo despedaçado, um mundo que está morrendo em nossas mãos. Fazemos parte de uma sociedade desigual. Ouvimos mentiras todos os dias. Tomamos pedradas e flechadas da vida, do destino e das pessoas que nos cercam a cada instante. O tempo não pára para que possamos consertar os nossos corações. A confiança, que demora anos para ser construída, pode ser destruída em segundos. E algumas vezes a dor é tão forte que nem mesmo as lágrimas são capazes de aliviá-la.

Todos os dias eu paro para me perguntar como sobrevivemos. Como conseguimos levantar após cada queda, o que cura os corações despedaçados, o que nos mantém vivos dia após dia. Eu procurei durante anos a resposta e não a encontrei. Até o dia em que perdi essa resposta. Perdi o que me mantinha de pé... Caí e não havia mais nada ali para me levantar. Chorei e não havia nada para secar as minhas lágrimas. Sofri e não havia ninguém ali para me dizer que tudo iria melhorar.

São os anjos... Os anjos sem asas que vivem ao nosso redor e convivem conosco diariamente. Nós os conhecemos com amigos. Eles entram na nossa vida sem um motivo especial e se tornam mais do que “apenas” especiais... Tornam-se essenciais. São eles quem nos mantém de pé mesmo nos momentos mais difíceis. São eles que nos fazem sentir bem, são eles que nos protegem de tudo. São eles que tornam a vida suportável quando o mundo está desabando em nossas costas.

Tudo que peço aqui é: Não deixem isso acabar.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um mundo mais azul.


Ela era pequena, com a pele ligeiramente clara. Suas feições eram delicadas como a brisa branda de uma manhã de primavera e faziam-me pensar em uma criatura mítica - uma fada, talvez, ou o mais belo anjo.

Seus cabelos negros e longos - chegando até quase a sua cintura - possuíam uma mecha azul longa, que terminava ramificando-se e colorindo suas pontas com aquele mesmo tom alegre, e emolduravam com perfeição o seu rosto.

Seus olhos eram castanhos e intensos, profundos e brilhantes, donos de uma alegria sincera e quase palpável. Seus lábios eram cheios e rosados e as maçãs do seu rosto estavam ligeiramente avermelhadas, dando-lhe um ar um tanto meigo e infantil.

Em seus pulsos, apenas algumas pulseiras de contas ou de tecidos coloridos trançados - simples, mas indescritivelmente lindas... Exatamente como ela.

Um sorriso doce brincava em seus lábios, que curvavam-se com perfeição inigualável, fazendo-me pensar em uma criança - pequena e encantadora. E ela era linda - provavelmente a garota mais linda que eu já vira em toda a minha vida.

Movia-se com a leveza de um sopro de vento e a alegria de uma explosão de cores... Sabia que, se ela deixasse um rastro visível no ar por onde passasse, esse rastro seria como o pequeno arco-íris que se forma quando um raio de luz atravessa um cristal.

Seu perfume era uma atração à parte - sutil, quase imperceptível para alguém que não estivesse prestando atenção. E, ao mesmo tempo, era intenso, indefinível, viciante, inigualável. O melhor cheiro que eu já tivera o prazer de sentir - a mistura da fragrância de todas as flores existentes.

Ela estendeu a mão em minha direção, segurando ternamente as pontas dos meus dedos entre os seus. O toque emitiu uma descarga elétrica por todo o meu corpo. Sua pele quente e macia fazia a minha pele queimar enquanto a tocava com delicadeza e puxava-me docemente para mais perto.

Não apresentei qualquer resistência, apenas deixando-me levar. Sabia que tinha pouco tempo... Era, infelizmente, apenas mais uma das noites em que você insistia em invadir os meus sonhos... Você e o seu sorriso de criança, seu olha sincero e seu inconfundível cabelo azul.

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Meninas, muito obrigada mais uma vez pelos comentários lindos de vocês! *-*' Ganho o dia lendo isso. Agora só posso aparecer aqui nos finais de semana e algumas quartas/sextas. Os outros dias andam corridos demais. ;X' Marcela, queria agradecer pela crítica construtiva e pelos elogios. ^^' Vou tentar diminuir os posts. :D' E quanto a essa sensação... Só espero que o tempo torne suportável. :/' [Tenho que fazer isso: HAAAAAAAAAAAAAAAAA! A Marcela comentou no meu blog! *-*' *morri* Pronto, parei de surtar. ;X'] Jenny, bem-vinda e muito obrigada pelo carinho! :D' beijos e até a próxima! ;*' [PS.: A foto é da MariMoon, mas o texto não foi escrito pra ela e o blog não tem esse nome por causa dela, okay?]

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vazio.


Aquele gosto ainda estava impregnado em meus lábios - doce, lento e intenso, preenchendo cada espaço da minha boca, envolvendo minha língua e deslizando pela minha garganta. Chocolate quente com menta... Com um fundo de algo ainda mais doce, mas indefinível. Aquele gosto que eu provara uma única vez e jamais abandonara os meus lábios.

Aquele cheiro parecia preso à minha memoria, vivo em meus pensamentos, mais nítido a cada segundo que se arrastava. Um perfume não tão barato, lembrança de uma viagem não tão longa e compensação por um tempo não tão curto em que não estive presente. O cheiro que eu não voltara a sentir, mas que ainda vivia em mim.

E cada cena, cada detalhe mínusculo daquele momento parecia se desenrolar diante dos meus olhos em câmera lenta. Eu ainda podia ver tudo como se houvesse ocorrido há apenas cinco minutos. Fazia mesmo tanto tempo assim? Seria tempo demais?

Meu coração batia dolorosamente rápido em meu peito e eu já não sabia como respirar: O ar não alcançava os meus pulmões e o mundo parecia girar ao meu redor... Rápido demais para que eu pudesse acompanhá-lo.

Eu sentia a superfícia lisa sob o meu corpo, a minha pele quente tremendo em contato com o chão gélido, as gotas de suor escorrendo lentamente pela minha testa, frio e calor tornando-se um só. Contraditório? Talvez. Para mim, fazia mais sentido do que os dias que atravessavam a minha vida sem que eu pudesse vê-los. Perdera a noção do tempo há muito tempo atrás.

Seria mesmo tanto tempo assim?

Meu corpo e minha mente estavam exaustos, implorando a cada instante por um pouco de descanso, mas eu não podia dormir. Mesmo quando sentia que minhas pálpebras já fechavam-se automaticamente, pesadas demais para que eu pudesse sustentá-las, lutava contra o sono. Os pesadelos que tinha quando me arriscava a dormir haviam me convencido de que o mundo dos sonhos não era um local seguro para mim.

Não que a realidade fosse - a dor que eu sentia todos os dias era tão forte que eu tinha certeza de que estava me matando aos poucos. Parte por parte. Aquela dor levava embora tudo que eu tinha e o que eu era como se soubesse que eu não tinha força suficiente para resistir. Talvez soubesse.

Passara algum tempo ouvindo todos ao meu redor dizerem que o tempo faria a tristeza ir embora e a dor passar, mas não era alívia o que eu sentia. A dor não parecia menor ou mais distante. A ferida não parecia mais perto de cicatrizar do que estava antes. E as pessoas ao meu redor já não se incomodavam mais em me dizer que o tempo curaria tudo - talvez pensassem que eu já havia me curado... Talvez estivessem cansados de repetir... Talvez não houvesse mais ninguém ao meu redor.

Teria passado tanto tempo assim?

Abracei os meus joelhos, puxando-os para que ficassem em frente ao meu peito de forma protetora - tentava proteger os pedacinhos restantes do meu coração. Eram tão pequenos que eu tinha certeza de que não seria capaz de encontrá-los caso eles caíssem.

Fechei os olhos, lutando contra a dor em meu peito, mas nada conseguia impedir que aquelas memórias viessem à tona. Mesmo que eu tentasse trancá-las em algum lugar distante do meu subconsciente, elas voltavam a me torturar em intervalos regulares - e frustrantemente curtos.

Seus olhos apavorados ainda pareciam grudados aos meus, assim como o cheiro de fumaça ainda parecia pairar no ar ao meu redor. Ainda podia ver todas as cores do arco-íris girando ao nosso redor com uma velocidade impossível e fundindo-se... Todas elas tornando-se preto - com alguns borrões vermelhos.

Ainda podia sentir os impactos em meu corpo, a dor espalhando-se lentamente, como um animal que, coberto pelo manto da noite, rasteja aos poucos para fora da sua toca... Ainda podia sentir a minha consciência afundando aos poucos, cedendo lugar a um escuro vazio e silencioso que me puxava para a inconsciência.

Ainda podia sentir o calor do seu corpo agarrado firmemente ao meu, suas lágrimas salgadas tocando suavemente os meus lábios, trazendo consigo o gosto do desespero, e sua voz sussurrando freneticamente ao pé do meu ouvido "Não me deixe. Por favor, por favor, eu te amo, não vá embora".

Ainda podia sentir minhas forças se esvaindo aos poucos, a luta terminando... A escuridão vencendo a batalha e puxando-me para si, carregando-me em seus braços como uma mãe carrega o filho recém-nascido. A escuridão silenciosa ainda estava nítida em minha mente - aquele escuro do qual eu passara a ter tanto medo.

E o gelado do seu corpo em meus braços, seu olhar vidrado, sua pele pálida, seus membros imóveis. Ainda podia ouvir o silêncio em seu peito, aquela maldita serenidade repousando em sua face, a ausência de expressão, emoção.

A escuridão levara você de mim... Levara você para sempre. E, em troca, me dera o vazio. O vazio que era tudo que me restara desde que você se fora. O vazio e as lembranças...

Seu perfume doce, seu sorriso suave... O beijo que eu depositara em seus lábios frios, esperando que você o levasse consigo para onde quer que estivesse indo.

O beijo com gosto amargo - gosto de despedida.

-x- Desculpem o sumiço. Viajei para o interior e passei alguns dias sem internet. Voltei na terça-feira, mas a inspiração para postar parecia ter evaporado. Depois de muita luta, consegui escrever esse conto e é com ele que deixo vocês hoje. Obrigada pelos comentários e pelo carinho. =)